Balneário Camboriú – A atuação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) resultou na interrupção da divulgação de vídeos na internet que expunham crianças e adolescentes a situações de "adultização" precoce. A medida visa proteger menores que eram utilizados em encenações sensacionalistas com o objetivo de monetização em plataformas digitais.
A investigação, conduzida pela 4ª Promotoria de Justiça da comarca, teve início após um alerta emitido pelo Ministério Público do Paraná. As diligências apontaram que, em Balneário Camboriú, a responsável legal de dois menores produzia e divulgava os materiais visando a geração de renda familiar. Os vídeos utilizavam a estratégia de clickbait, com títulos e capas apelativas que insinuavam temas impróprios para a idade, como traições, consumo de álcool e situações sexualizadas.
A Justiça acolheu o pedido da Promotoria e, em decisão proferida no dia 2 de dezembro, determinou a cessação imediata das gravações e a remoção dos conteúdos. A decisão também impôs advertência aos responsáveis, exigindo frequência escolar e acompanhamento psicológico para os menores.
A Google Brasil, responsável pelo YouTube, informou no processo que cumpriu a determinação no dia 5 de dezembro, retirando do ar as URLs indicadas. Para o promotor de Justiça Alan Boettger, a ação foi essencial para impedir que interesses econômicos se sobreponham à dignidade e ao desenvolvimento saudável das crianças.
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